25 anos: Quando se trata de nuclear, o tempo não apaga as consequências de um acidente




Curiosos e impressionados com o brilho azul emitido por um material encontrado nos escombros de um antigo hospital, dois catadores de lixo de Goiânia resolveram levá-lo para suas casas. Era o começo do pior acidente radiológico da história do Brasil, e um dos maiores e mais emblemáticos desastres com lixo radioativo do mundo. 

Ocorrida há 25 anos, no dia 13 de setembro de 1987, a tragédia ocasionada pela contaminação com o césio-137 continua a deixar marcas, e suas cicatrizes, de tão profundas, jamais poderão ser esquecidas.

Mais de mil pessoas foram contaminadas e pelo menos 66 morreram em decorrência direta do acidente ou por doenças relacionadas à contaminação, como o câncer, e todas as outras continuam a sofrer com as suas consequências, seja psicológica, seja fisicamente.

Maior desastre radioativo em uma área urbana da história mundial, o acidente com o césio-137 deve servir como uma mensagem de alerta sobre os riscos e perigos associados aos programas nucleares, como um (triste e doloroso) lembrete da necessidade do investimento em fontes de energias limpas, seguras e renováveis.

Enfim, deve servir como um marco de mudança, de reorientação; como um divisor de águas na política energética brasileira. Deve servir para mostrar que a energia nuclear não é uma opção, é um erro. Um erro que não deve ser repetido.

Por isso, no próximo dia 13 de setembro (quinta-feira), quando se completarão exatos vinte e cinco anos dessa tragédia, o Greenpeace promoverá atividades em todo o país não apenas para lembrar e homenagear as vítimas desse acidente, mas, também, para reforçar os seus esforços pelo fim da expansão do programa nuclear brasileiro, pela suspensão da exploração de minério radioativo, pela não construção da usina nuclear Angra 3, pela reestruturação do setor nuclear brasileiro (para o uso de energia nuclear com fins medicinais) e, por fim, pelo investimento em geração de energias renováveis.

Em Belo Horizonte, a ação acontecerá na Praça da Liberdade, a partir das 19h30min. Compareça, informe-se sobre os riscos e perigos da energia nuclear, sobre as inúmeras vantagens das fontes de energia renováveis, e participe do movimento que busca construir um Brasil limpo, seguro e sustentável.

É hora de nos unirmos na construção de um novo modelo de desenvolvimento, capaz de assegurar, ao mesmo tempo, crescimento econômico, sustentabilidade ecológica e equidade social. É hora de, para impedirmos um colapso ambiental, tornar realidade a ideia de desenvolvimento sustentável.

A construção de um futuro sustentável, e por isso possível, depende de nós. Irmanados por laços de solidariedade, devemos nos considerar membros de uma pátria comum, a "Pátria-Terra", para, só assim, repensarmos a forma com que nos relacionamos com o mundo e com todos os que o habitam.

A sustentabilidade - social, econômica e ecológica - da sociedade moderna será conquistada somente mediante um esforço conjunto de todos os cidadãos. E como disse o cacique Seattle em seu famoso pronunciamento: "A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará".

Por isso, faça parte da campanha do Greenpeace e ajude a construir um Brasil sustentável. Não precisamos de energia nuclear; precisamos de energia limpa para o nosso país.



Por Bernardo Salge Araujo, voluntário do grupo de BH
 

4 comentários:

Paula Norte disse...

Excelente texto!

Anônimo disse...

Sugestão: É necessário fazer algo para salvar a juventude Cubana do Alcoolismo e da Prostituição, eles perderam a dignidade e o respeito pela vida fazem qualquer coisa para esquecer a fome, não há mais sonhos e nem esperanças futuras, por que???

Anônimo disse...

Sugestão: É necessário fazer algo para salvar a juventude Cubana do Alcoolismo e da Prostituição, eles perderam a dignidade e o respeito pela vida fazem qualquer coisa para esquecer a fome, não há mais sonhos e nem esperanças futuras, por que???

Anônimo disse...

RJ JOIAS
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